O que são mandalas?
“Mandala” em sânscrito significa centro, circunferência ou ainda círculo mágico, símbolo que nas mais diversas culturas é reconhecida como elemento que sintetiza a totalidade da vida, integração e harmonia. Saiba a importância das mandalas.
Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, associou a mandala com o Self – centro da personalidade como um todo e introduziu a mandala em seus tratamentos de psicologia moderna. Em seu entendimento, a mandala mostra o impulso natural para vivenciarmos o nosso potencial e realizar o padrão da nossa personalidade integral.
Observação e respeito aos símbolos
Desta forma, Carl Young incentivava respeitosa atenção aos símbolos do inconsciente como forma de promover a evolução pessoal. Atualmente, a mandala é inclusive usada na psicologia junguiana e transpessoal, incluindo profissionais que trabalham com o desenvolvimento do ser humano.
Mandalas: presentes em toda história da humanidade
As mandalas estão presentes na história da humanidade, entre os mais diversos povos de diferentes épocas, em manifestações científicas, artísticas, religiosas, arquitetônicas etc. Sua origem conhecida remonta antigos entalhes rupestres na África, Europa e América do Norte.
Na Índia temos os yantras, mandalas geométricas que representam divindades, mantras ou caminho para união com o todo. As rosáceas da Catedral de Chartres são belíssimos exemplos de mandalas Também são encontradas em escritos herméticos, da alquimia e da cabala.
Como usar mandalas e se beneficiar?
De forma simples, pode-se dizer que a mandala é excelente ferramenta para a expansão da consciência, nos levando a estados mais harmônicos e equilibrados.
As mandalas podem ser usadas de diversas formas e para os mais variados propósitos: desenvolvimento pessoal e espiritual, cura e harmonização, metitação, etc. Existem vários tipos de mandala. As mandalas Arvore da Vida, por exemplo, contém o simbolo sagrado que representa a ligação entre céu/universo, terra e submundo.
Já a mandala Olho de Deus contém símbolo considerado sagrado pelos índios do México e Bolívia, relacionado à saúde, felicidade e prosperidade. Contendo simbolos considerados sagrados ou não, muitos também procuram mandalas decorativas, no sentido estético mesmo da peça.
De qualquer forma, as mandalas exercem efeitos benéficos em nossas emoções e psique, de acordo com seu desenho, cores e proposta da mesma. Carl Jung, ao adotar a prática de desenhos de mandalas com seus pacientes, afirmou: “a mandala possui uma eficácia dupla: conservar a ordem psíquica se ela já existe; restabelecê-la, se desapareceu. Nesse último caso, exerce uma função estimulante e criadora”.
Visualização de mandalas e bem estar
Giordano Bruno, filósofo do Séc XVI, condenado à morte na fogueira pela Inquisição romana sob acusação de heresia, criou várias mandalas com o objetivo de ocasionar, através de exercícios de simples visualização, mudanças positivas nos indivíduos.
Seus desenhos representavam formas perfeitas pretensamente existentes em um plano ideal. Giordano Bruno estava convicto que as imagens, ao serem introduzidas na memória, deixavam formas ideais impressas na imaginação. Para ele, isto poderia resultar em uma transformação pessoal para melhor, mais harmônica, de acordo com a harmonia dos desenhos.
De fato, a mandala usada como apoio visual para atingir estados mentais desejáveis é bastante conhecida na Europa. Já os monges budistas utilizam as mandalas como oferenda, contemplação e meditação. Cabe ressaltar que de acordo com o Budismo tibetano, para se atingir a iluminação, é preciso empenhar-se em ver através da ilusão da separatividade das coisas de modo a experimentar a unidade do Absoluto.
Qual mandala escolher?
Os desenhos, formas e cores das mandalas têm um significado simbólico que atuam e produzem efeito sobre quem as utiliza, seja através da simples visualização, seja através da meditação, por exemplo. Daí poderá surgir a dúvida: qual melhor mandala para mim?
Sobre o significado das cores
As cores têm significado e estão relacionadas com nossos pensamentos, sentimentos e intuições. Na maioria das culturas os significados das cores parecem estar associados com as experiências compartilhadas por toda a humanidade desde tempos imemoriais.
O sol, por exemplo, aquece e nutre os seres vivos. Assim, o Amarelo tem simbolizado a luz, calor, nutrição, etc. E o mesmo para as demais cores.
Contudo, é importante destacar que o significado último ou percepção é individual e conforme o contexto em que são colocadas e apresentam vários níveis de significado e efeitos.
Assim, vermelho pode estar associado – em determinado contexto e para determinada pessoa em dado momento – à energia de realização. Para outro, poderá estar associado ao sexo e conteúdos sensuais.
A importância do autoconhecimento no uso das cores
Outro aspecto muito importante a ser considerado – quando nos sentimos harmônicos e equilibrados, em estado de saúde, podemos considerar que estamos absorvendo em nós todas as faixas de cores do espectro.
Então, vamos supor que desejamos usar uma mandala para estimular nosso amor. A cor associada ao amor é o Rosa. Mas, pode ser que o que estejamos precisando neste momento é da cor Laranja para nos equilibrar e aí um estado mais amoroso poderá surgir naturalmente, dado o equilíbrio e harmonia que alcançamos em nós através da aplicação da cor Laranja.
Fica claro, assim, a importância do autoconhecimento para inclusive identificarmos o que estamos realmente precisando para nos sentirmos bem e alcançarmos o que desejamos.
A escolha da mandala pela intuição
Existem algumas formas de se escolher mandala. Pode-se, por exemplo, escolher com base no conhecimento das propriedades das cores e simbologia das formas. Outra possibilidade muito interessante é você confiar em sua intuição.
Visualize cada mandala com cuidado e em silêncio. Observe como se sente. A mandala que mais te atrai, que traz um sentimento agradável, aquela que desperta um “oh! Que linda” dentro de você, pode ser a mandala que no momento mais te beneficiará. Confie em si!
Por Nuryahan Produtos Esotéricos.